sábado, 22 de outubro de 2011

Nosso campo: Moçambique

O nome Moçambique vem do nome do homem que descobriu Moçambique antes de Portugal, chamado "Mussa La Mbique". Atualmente tem 22 milhões de habitante, sendo 40% são Crianças de 0-14 anos e 54% professam a religião Muçulumana.


SUA TRISTE SITUAÇÃO:
Moçambique, aparentemente rico por sua situação geográfica, com terras férteis e grandes jazidas minerais, é um dos países mais pobres da África, assim como do mundo. Isso tudo é resultado de:
1) Séculos de guerra e de colonização (1498 – 1975);
2) Aplicação das teorias econômicas marxistas;
3) Anos de guerra interna e de conflitos tribais;
4) Extremos climáticos com enchentes e secas.

As ligações através de rodovias e de ferrovias são poucas e mal podem ser utilizadas. Portanto, Moçambique é dependente de ajuda externa. Hoje, tem sofrido ameaças de doenças mortais: Sida/Aids, cólera, malária além da fome, o que tem contribuído para a redução do crescimento populacional do país.


SUA RELIGIÃO:
Desde 1988, com o fim do regime marxista, Moçambique tem gozado liberdade religiosa. Isso é bom por um lado, mas, por outro, o país encontra-se inundado pelas religiões e seitas que têm comprometido o futuro espiritual das pessoas, sobretudo das crianças.
♦ Islamismo
♦ Religiões tradicionais africanas (o animismo)
♦ Catolicismo Romano
♦ Testemunhas de Jeová
♦ Mormonismo

A região sul do país é a que tem sido mais evangelizada. Mesmo assim, têm chegado grupos que, em vez de pregarem o evangelho, só falam de prosperidade, de cura e promovem certo sincretismo religioso. Ao norte, o Islamismo predomina. Nas províncias do centro também há pouquíssima presença de igrejas evangélicas.

O desafio de nos dispormos a levar o genuíno Evangelho, a palavra de esperança do Senhor Jesus à nova geração - às crianças sem esperança - é imenso!


SUAS PROVÍNCIAS:
A área do país é de 799.380 Km2, que se estende como uma faixa comprida banhada pelo Oceano Índico. Apenas as províncias Manica, Tete e Niassa não são banhadas pelo mar.

► Na região sul, estão as províncias:
♦ Maputo (capital Maputo, que é também a capital do país);
♦ Gaza (capital Xai-Xai) e Inhambane (capital Inhambane).
► Na região central, estão as províncias:
♦ Sofala (capital Beira);
♦ Manica (capital Chimoio);
♦ Zambézia (capital Quelimane); e
♦ Tete (capital Tete).





► Na região norte, estão as províncias:
♦ Nampula (capital Nampula);
♦ Niassa (capital Lichinga); e
♦ Cabo Delgado (capital Pemba).


PROJECTO MISSIONÁRIO EM CHIMOIO:
Chimoio é a cidade capital de Manica. Chimoio é um termo uriundo da língua shona, que significa "Coração". Coerentemente com o seu nome, fica situado no coração (centro) de Moçambique, com cerca de 335.000 habitantes. É uma cidade rica em produtos agrícolas, pois a maior parte da população se dedica à agricultura, por essa razão é também conhecido por celeiro de Moçambique. Saudações em lingua Shona: "Manguanane" (bom dia), "Masikati" (boa tarde) "Mwarara" ou "Mwakadini" (como está)... "Mwari wa kanaka" (Deus é bom).

Chimoio, também é conhecida por cidade de "Cabeça de velho", isto porque perto da cidade existe uma montanha chamada "Cabeça de velho". Debaixo dela tem uma caverna que é usada como prisão (cadeia) para os grandes criminosos (prisão prepétua). Segundo a história, se alguém ali entrasse, dificilmente sai vivo. Conta ainda que houve um homem que ali ficou detido jovem, depois de muitos anos foi encontrado vivo, embora bem velho. A partir de então, aquela montanha foi denominada "cabeça de velho". É interessante que se sobe no cume, vê o monte no formato de uma cabeça.

Mas Chimoio é conhecida também por ser o "corredor de AIDS-Sida". Apesar da sua riqueza na produção agrícola, vê-se nitidamente a pobreza do povo: uma pobreza espiritual, vidas depravadas pela superstição, feitiçaria, cultos aos antepassados, consequentemente, vidas sem esperança. Quando prestamos atenção na saudação na tribo shona: "Vana vakarara:" que quer dizer: "as Crianças vão bem?", lembro-me da saudação do profeta Eliseu à mulher sunamita: "Vai tudo bem contigo, com teu marido, com o menino?" E como vão as Crianças de Chimoio?


VIAGEM Á ÁFRICA: CURIOSIDADES
Igualdade da Mulher

As feministas de plantão, que lutam para serem iguais aos homens, se dariam bem na África. Ali, ao contrário do Ocidente, o trabalho mais pesado é realizado por mulheres. São elas, por exemplo, que vão buscar água, às vezes bem longe, para as necessidades da família. Ver uma mulher com um pote ou galão de água na cabeça, é cena trivial no lugar. Cabe a elas também, ir ao mato buscar lenha para o fogo. São elas igualmente que cortam a lenha com o machado e acendem o fogo para aquecer água para os homens e toda família tomar banho.

SPA Natural
Quem procura um bom regime, deve fazer esforço e viajar para a África. Ali, pela manhã, geralmente não se come pão com manteiga. O café é ralo e com gosto de chicória. Em lugar do pão, é servida uma papa de milho branco, que é cozida sem sal ou açúcar. O almoço, via de regra, é arroz com feijão, quase sem qualquer mistura. O jantar, por sua vez, pode ser um angu de milho tipo polenta, denominada de “xima”, acompanhada de um caldo ou uma sopa sem carne e sem sal. Fruta, quando aparece, só mexerica ou banana nanica. Sobremesa é coisa em extinção. É a dieta ideal para sofre de hipertensão ou obesidade. Por essas e outras razões, não se vê gente gorda no lugar.

Chapa Quente
Se você se queixa do transporte público no Brasil, é porque você ainda não andou de chapa. Chapas são as vans coreanas que fazem o transporte coletivo em Moçambique, tanto nas estradas como nas cidades. Elas têm capacidade para 12 pessoas sentadas, mas chegam a levar até 25, em estado de sardinha em lata. O cheiro das axilas, em estado moçambicano, é de tirar o fôlego!

A Estrutura da Família
Na África, em geral, ainda prevalece a poligamia. Nos aproximados dois quilômetros da Escola da APEC até a Vila mais próxima, cruza-se pequenos sitos, onde o número de casas da propriedade indica o número de esposas que o homem mantém. Muitos homens têm 2 ou 3 esposas, cada uma em sua casa, mas uma ao lado da outra, no mesmo terreno. Para os ocidentais, é difícil entender esse modelo de vida em família. Durante aqueles dias, li o livro Cristianismo Bíblico na perspectiva Africana, onde o autor, explica os motivos por trás dessa prática milenar.
1. Ter várias esposas é um símbolo de poder, riqueza, influência e realização.
2. Diversas esposas possibilitam a geração de muitos filhos, que darão continuidade ao nome do homem.
3. Os filhos das muitas esposas garantem mão de obra na roça e na criação de animais. É um símbolo de força.
4. Como as mulheres africanas podem ficar até 2 anos sem manter relações sexuais com seus maridos, após o nascimento dos filhos, então o marido precisa ter outra mulher.
5. Os bens dos pais de muitas filhas aumentam consideravelmente com o pagamento dos dotes, na ocasião do casamento das mesmas.
6. A mulher solteira é mal vista na sociedade africana. É melhor ser casada, mesmo que o homem tenha outras mulheres.
7. A poligamia resolve o problema das mães solteiras.
8. Muitas esposas e muitos filhos trazem tranqüilidade na velhice. Mas os crentes, em geral, já não praticam a poligamia.

Pentencostes ou Babel?
Outra marca dos alunos da APEC na África, era a diversidade de línguas ou culturas. Além de português, com o sotaque de Portugal que os colonizou, eles falavam mais 8 línguas tribais, a saber: changana, ronga, chissua, sena, ndau, umbundo, quimbundo e chiabo. Como dois deles viviam perto da África do Sul, falavam também inglês. Aqueles crentes, falam, literalmente, línguas estranhas.

Nova Língua
Embora todos os alunos falassem e entendessem português, ainda assim, certos vocábulos e formas de falar eram bem estranhas aos brasileiros, parecendo uma nova língua. Exemplos: Rapariga, é qualquer moça jovem, mesmo menina de família. Matabicho, é o café da manhã. Bicha é fila. Paragem é ponto de ônibus. Boleia é carona. Observe essas frases corriqueiras:
- "Pastor, esta rapariga está a pedir explicação do trabalho."
- "Todos têm que pegar a bicha para o almoço."
- "O matabicho está servido."

Também chamava a atenção o modo como eles faziam o gerúndio do verbo. Em vez de dizer que o aluno estava estudando, eles diziam: O aluno estava a estudar. Ou a comer, ou a beber, ou a andar. No Brasil, quando queremos afirmar, concordar ou concluir algo, dizemos "então". Eles dizem "pois, pois".

A Alegria do Povo
Outra característica visível dos africanos, pelo menos dos crentes, é a alegria. Você não vê gente triste. Não se ouve queixas e quase não se ver gente de cara fechada. Eles também têm um sorriso largo e bonito e boa voz quando cantam. Nos cultos batem palmas e dançam ou gingam com o corpo. Eles também estavam prontos a servir, fazendo qualquer coisa pelos professores da APEC.

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